Como muitas das localidades mais isoladas dependem de cacimbas cavadas nos quintais, açudes e chafarizes para o abastecimento, a falta de chuva se constitui um agravante para a situação dos moradores dessas áreas. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), a região - que é abastecida pelo Castanhão (com 46,14% do total do seu volume) - não ficará desabastecida por um horizonte mínimo de dois anos.
A Cogerh também informou que nenhuma sede de município está passando por desabastecimento (Chorozinho seria uma exceção da Cagece), mas comunidades difusas podem apresentar problemas do tipo. A prioridade da companhia são as sedes dos municípios e o abastecimento precisa ser complementado pelos demais órgãos, informou.
Segundo informações da 10ª Região Militar, localidades de três municípios da RMF são atendidas pela Operação Carro-Pipa do Exército. A distribuição opera com uma quantia de 20 litros de água por dia e por pessoa e a periodicidade da ida dos caminhões depende do tamanho da comunidade. O local de captação da água pelos carros-pipa do Exército ou por ele contratados é indicado pelas prefeituras, que são cobradas a apresentar um laudo mensal sobre a potabilidade da água.
Responsabilidades
Responsabilidades
Segundo a Cagece, as especificidades das localidades em zonas rurais inviabilizam o processo de implantação e operacionalização de sistemas de abastecimento de água, visto o custo dos investimentos e a própria capacidade de pagamento da manutenção pelos usuários.
Soluções viáveis para os locais, segundo a Companhia, seriam as cisternas, assim como o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar). Poços profundos também são indicados pelas prefeituras como alternativas para a questão e muitas já apontam a construção (em parceria com o governo estadual) ou licitação para tais poços. Muitas comunidades também convivem há décadas com os chafarizes coletivos, mas que apresentam problemas como água salina.(colaboraram Luciana Castro Cunha e Rômulo Costa)