O aumento das atividades de exploração do pré-sal vai elevar a oferta de empregos mais qualificados no setor de óleo e gás. Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que, das 46 mil vagas que serão geradas até 2015 com o aumento dos investimentos no setor, 84% serão ocupadas por técnicos ou profissionais de nível médio, cujos salários podem chegar ao dobro das de nível básico. Hoje, pouco mais de 20% das ocupações do setor são preenchidas por técnicos.
E o Rio de Janeiro — responsável por 71% da produção nacional de petróleo, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) — será um dos mais beneficiados com a geração dessas vagas. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), a remuneração média das ocupações técnicas do setor de petróleo no Rio é de R$ 2.798, acima da média nacional, de R$ 2.165. No Espírito Santo, segundo maior produtor do país, com 15% do total de petróleo extraído, a média é de R$ 1.954.
— O pré-sal é a nova fronteira tecnológica. E o aumento dessas atividades no Brasil vai alterar o perfil do emprego industrial do setor de óleo e gás, pois vai exigir profissionais com formação mais qualificada — diz Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai.