Sobral, a tão querida princesinha do Norte, hoje não mais tão majestosa assim. Seu brilho não mais irradia a quem por aqui passa. Hoje morar em Sobral virou sinônimo de viver no medo. Não se pode mais ir a pé a lugar algum, fazer um simples cooper no parque da cidade, usar uma jóia, um relógio, andar com um celular, não se pode mais sequer trabalhar. Para quê? Os ladrões vão entrar no seu trabalho e levar todo o seu dinheiro que você passou um dia inteiro para ganhar. Não existem mais barreiras. Muros, câmeras, seguranças. Somos obrigados a pagar para fazerem nossa própria segurança quando isto deveria ser nosso direito. E a galera dos direitos humanos ainda defende o direito destes vagabundos. E o meu direito de viver em paz, não tenho?
Sei que nós somos reféns desta tão grande desigualdade social e do mundo das drogas. Mas e aí, senhores governantes? Quero saber quem vai fazer alguma coisa para mudar. Estamos esperando sentados todos os dias alguma atitude que traga pelo menos um mínimo de ordem nesta cidade. Fazer um BO para computar o número de homicídios ou assaltos a gente já sabe que, embora necessário, não resolve a situação!! Mas por enquanto parece que é só isso que nos resta. Ou até mesmo nos prepararmos para um próximo assalto. E todos comemorarem por ter sido só um assalto, pois poderia ter sido um homicídio.
E lá vem a célebre frase: “Vão-se os anéis, ficam os dedos.” Quando ficam a gente até agradece. A que ponto chegamos?! A sensação que tenho é que tem muito mais agentes multando nossos carros nas ruas do que policiais na cidade. Se os números condizem, não sei, mas que para multar um carro há eficiência, aí sim. E depois de tudo isso fica a pergunta, como morar numa cidade onde não se pode viver? Viver com liberdade, viver sem medos, viver da melhor maneira possível. Por fim, deixo uma frase para todos os responsáveis pela nossa segurança, que pedem o nosso voto e que depois nos abandonam:
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.” (Albert Einstein)