Novo Ministro das Comunicações de Dilma já fala em projeto de regulação da mídia Forquilha Notícias

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segunda-feira, janeiro 05, 2015

Novo Ministro das Comunicações de Dilma já fala em projeto de regulação da mídia

Tanto o PT já conseguiu fazer em todos estes anos de poder, e tanto ainda quer fazer para tornar o Brasil um país nos moldes bolivarianos de controle absoluto de todas as áreas da sociedade pelo governo, que o novo ministro de comunicações da presidente mal assumiu a pasta e já deixou claro seu projeto de regulação da mídia, que ao que parece, agora passou de falácia e pressão do governo, para um efetivo planejamento que deve criar força neste mandato de Dilma.
Fiel escudeiro do ex-presidente Lula, de quem foi ministro, Ricardo Berzoini tem raízes no sindicalismo bancário, foi presidente do PT e é conhecido na Câmara dos Deputados pelo estilo truculento e pela ligação com as alas mais radicais do partido. A pedido de Lula e do comando do PT, ele assume a cadeira que era ocupada pelo paranaense Paulo Bernardo, que não encampava a proposta de censura aos meios de comunicação.

“O Poder Executivo pode fomentar a discussão. Todos os setores da economia que têm grande impacto social e econômico são regulamentados”, justificou. Para o ministro, o projeto fala “regulação econômica” porque o debate começará sobre as concessões públicas.
Após receber o cargo de Bernardo, Berzoini disse que empresários, sindicalistas e representantes de movimentos sociais serão chamados para discutir a proposta que o Executivo apresentará para votação no Congresso. De acordo com o novo ministro, inicialmente não há a intenção de incluir na proposta a regulação de conteúdo – como pretende o PT. Mas isso inicialmente: o próprio Berzoini admitiu que, “se for bem conduzida”, essa proposta “pode ser bem sucedida” e não conseguiu esconder o DNA bolivariano da proposta. ”Se houver participação popular, tanto melhor.”
Pela proposta do PT, para quem a imprensa livre é tratada como oposição, além de direcionar sua artilharia contra os grandes grupos de comunicação, um dos focos é a distribuição da receita publicitária aos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no controle indireto do conteúdo pelo governo.