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sexta-feira, janeiro 08, 2016

Menos de 30% dos brasiliense têm acesso a tratamento dentário

Matéria do Correio Braziliense, publicada nesta quinta-feira, com base em indicadores do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), aponta que Brasília tem a pior cobertura de saúde bucal do país. Atinge apenas 27,17% da população, enquanto a média nacional é de 52,82%.
A capital federal perde para Maranhão (61,12%), Piauí (93,46%) e Acre (66,44%), os três estados considerados mais pobres do Brasil, na disponibilidade do tratamento dentário. Em 2014, a cobertura odontológica no Ceará era de 63,77%.
O déficit de 98 cirurgiões-dentistas e de 239 técnicos é usado como justificativa pela Secretaria de Saúde para a falha. Existem 12 centros especializados em odontologia (CEOs) na rede pública, segundo o Ministério da Saúde, quando deveria haver um total de 33. Atualmente, 85 equipes atendem nos laboratórios da especialidade, abaixo das 180 recomendadas. No ano passado, duas unidades de atendimento perderam o credenciamento do Ministério da Saúde, de acordo com o Memorando nº 136, de 2015, da Gerência de Odontologia.
A crise nos hospitais regionais do Gama, de Ceilândia, da Asa Norte e de Taguatinga esbarra em percalços como a falta de médicos. As unidades de pronto atendimento (UPAs) estão “com capacidade quase que zerada de prestação de serviços emergenciais”, segundo o documento. A situação chegou ao ponto de o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) reconhecer a penúria e garantir que profissionais serão contratados. Porém, sem data prevista. Na quarta, durante reunião com diretores de hospitais e a secretária adjunta de Saúde, Eliane Ancelmo Berg, o socialista estimou que o deficit na área chega a mil servidores.
Em cinco anos, o Ministério da Saúde investiu R$ 16,6 milhões na saúde bucal do Distrito Federal. Em 2015, a capital recebeu R$ 4,02 milhões — número 210% maior em relação a 2010, quando o governo federal disponibilizou R$ 1,2 milhão.