'Guerra' do tráfico deixa 30 mortos nas ruas de Fortaleza em 4 dias e viola pacto entre as facções Forquilha Notícias

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quarta-feira, fevereiro 17, 2016

'Guerra' do tráfico deixa 30 mortos nas ruas de Fortaleza em 4 dias e viola pacto entre as facções

A “guerra” não declarada entre as facções criminosas que invadiram e já dominam inteiramente  a periferia de Fortaleza começa a deixar cadáveres nas ruas da Capital. Somente no intervalo de quatro dias, entre a última sexta-feira (12) e o começo da madrugada de hoje, nada menos que 30 pessoas foram assassinadas na cidade.
O mais recente capítulo dessa matança desenfreada ocorreu na noite de ontem, quando três homens foram executados, a tiros, em um único bairro da Capital, a Cidade 2000, na zona Leste.  Os crimes ocorreram num intervalo de pouco mais de uma hora.
Os três corpos foram deixados pelos assassinos nas alamedas dos Flamboyans, dos Cajueiros e das Castanholeiras.  Todos apresentavam diversas marcas de tiros. Nas redes sociais, surgiram comentários acerca dos fatos, como a informação de que “a guerra começou”.
Grupos rivais que não aceitaram o comando das facções criminosas Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro;  e Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo,  estariam dispostos a matar seus concorrentes para demonstrar força e, ao mesmo tem, garantir o domínio do bando na venda de drogas. Já em outras comunidades que decidiram compactuar com os dois comandos, os índices de homicídios começam a cair.
Chamada pela população, a Polícia foi até a Cidade 2000 e fez diligências, mas não conseguiu identificar e prender os responsáveis pelos três assassinatos.
Já no fim de semana, somente entre sexta-feira e sábado, outras 15 pessoas foram  mortas nos bairros Passaré, Jardim Iracema (dois casos), Pici (cinco casos), Demócrito Rocha, Paupina, Antônio Bezerra, Messejana,  Barra do Ceará e Elleri (dois casos).
Já na Região Metropolitana, foram outros nove assassinatos nos Municípios de Caucaia (3 casos), Itaitinga (2 casos), Chorozinho, Pacajus, Maranguape e Horizonte.
FERNANDO RIBEIRO