Da baixada fluminense para o poder nos morros cariocas e as alianças com guerrilhas na América Latina. No Conexão Repórter deste domingo, 28, Roberto Cabrini fica frente a frente com Fernandinho Beira-Mar. Após diversas tentativas, o “senhor do tráfico” concorda em dar uma entrevista exclusiva, a maior já feita com ele até hoje, e revela seu lado audacioso, implacável, cerebral e, por vezes, cruel. Avesso à hipocrisia, ele se descreve para Cabrini como alguém que paga pelo que fez. A lista do que ele admite não é pequena e inclui execuções sumárias, mas o entrevistado também afirma pagar pelo que não fez.asceu Luís Fernando da Costa, mas todos o conhecem como Fernandinho Beira-Mar. Um nome emblemático, temido e respeitado no mundo do crime. O programa mostra como ele dominou o tráfico do Rio de Janeiro, chegando a comercializar 70% das drogas em território brasileiro e passando pelo Paraguai, Uruguai e Colômbia. A reportagem fala também da aliança com as FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e a comparação de Fernandinho com Pablo Escobar. Sua fama atraiu seguidores e fez surgir até músicas celebrando seu poderDurante seus dias com a guerrilha, na selva amazônica, acabou sendo descoberto. Hoje, está preso próximo à mesma floresta que o abrigou, em um presídio de segurança máxima. O telespectador vai conhecer sua lógica, seus medos e seus conflitos. Cabrini mostra ainda a resposta do Estado a um detento que sempre desafiou o sistema, comandando rebeliões, empreendendo fugas e comandando o tráfico mesmo atrás das grades.
Conexão Repórter