Em longa reportagem na edição deste domingo (6), O Globo revela ao país a magalomania empreendedora do então governador Cid Gomes ao adquirir, em 2013, quatro "tatuzões" para construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Os equipamentos deteriorados e abandonados ocupam atualmente espaço onde deveria ter sido construida a estação de transporte público.
O equipamento serviria para escavar túneis do metrô, mas não poassa de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas, à espera de definição, informa reportagem assinada pelos jornalistas Danilo Fariello e Júnia Gama (O Globo).
O equipamento serviria para escavar túneis do metrô, mas não poassa de um aglomerado de toneladas de peças de metal abandonadas, à espera de definição, informa reportagem assinada pelos jornalistas Danilo Fariello e Júnia Gama (O Globo).
A LICITAÇAO
O maior edital regido pela Lei de Licitações foi vencido há três anos por um consórcio formado pela espanhola Acciona e pela paulista Cetenco, que assumiram a construção da Linha Leste do metrô por R$ 2,3 bilhões. A três anos da data original da entrega, pouco mais de 1% da obra foi feito, e o empreendimento parou.
EX-GOVERNADOR NÃO COMENTA
Procurado, o ex-governador não quis comentar o assunto. Mas os aliados dos irmãos Ferreira Gomes admitem a frustração com a paralisação das obras e o custo de manutenção do equipamento.
'Não é normal um governo comprar esse equipamento. A ideia era boa, justificava a compra dos “tatuzões”. Mas acabou significando prejuízo ao governo. Só para guardar esse equipamento seria coisa de R$ 1 milhão por mês. E não tem mercado para vender, nem para alugar. Enquanto isso, eles vão se deteriorando', reconhece um aliado de Cid Gomes.
'Não é normal um governo comprar esse equipamento. A ideia era boa, justificava a compra dos “tatuzões”. Mas acabou significando prejuízo ao governo. Só para guardar esse equipamento seria coisa de R$ 1 milhão por mês. E não tem mercado para vender, nem para alugar. Enquanto isso, eles vão se deteriorando', reconhece um aliado de Cid Gomes.