Manifestação em prol da Operação Lava-Jato e contra a corrupção marcou a tarde deste domingo (4) em Fortaleza. Acompanhando os atos de todo o país, o encontro aconteceu na Praça Portugal.
Verde e amarelo predominavam entre os manifestantes, que se mostravam indignados com os representantes do Congresso Nacional.
À frente do movimento, Marcelo Marinho, coordenador geral do Instituto de Democracia e Ética (IDE), ressaltou que todos estavam presentes “de graça”. “Trata-se de um ato de defesa contras as 10 medidas [instauradas pelos deputados federais sobre a corrupção], a favor da Lava-Jato e do Ministério Público”.
Ele apontou que não há um alvo específico e que o estopim para o início dos atos em todo o Brasil foi a decisão da Câmara Federal sobre o pacote anticorrupção. “São 12 medidas, mas só duas são originais. Eles fizeram isso na calada da noite para beneficiar eles mesmos”. Os parlamentares cearenses que apoiaram as modificações no projeto foram apontados como traidores do povo.
Marcelo acredita que as manifestações impactem diretamente no Congresso, fazendo com que deputados voltem atrás nas decisões. Sobre as críticas de quem seria um movimento elitista (mais para classe A e B), o líder comentou que há iniciativas do movimento nos bairros Bom Jardim, Barra do Ceará, Conjunto Prefeito José Walter e do Morro Santa Terezinha.Com uma grande boneco com a caricatura do juiz Sérgio Mouro, que está no processo da Lava-Jato, foi erguido no local. Ainda segundo o coordenador do IDE, o magistrado seria o grande ícone do atual movimento em prol da democracia.
A Praça Portugal foi tomada por pessoas e cartazes. Ao mesmo tempo em que ocorria o protesto, a programação de Natal da cidade também acontecia no mesmo local, com uma mini orquestra se apresentando.Além disso, também compareceram à praça manifestantes contra o aborto – motivados pela decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a prática até o 3º mês de gravidez não seria crime.
A administradora Lívia Mara, que liderou o movimento, explicou que o ato é em favor da vida. Com um boneco representando um feto de 11 semanas, ela ressalta que, mesmo com pouco tempo de gravidez, já há um bebê dentro da mãe, o que caracterizaria o aborto um crime de assassinato, retirando a vida de alguém.
“Estamos organizando ações em favor da vida. Não queremos apenas a vida do bebê, mas a das mães. Estamos oferecendo essa mão amiga. Com 11 meses de vida, o 3º mês de gravidez, já tem as mãozinhas e pezinhos formados o feto”, finalizou.
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