Sementes de soja geneticamente modificadas podem contribuir para evitar o contágio da Aids. Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a Universidade de Londres e o Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da África do Sul, mostra que a cianovirina, presente nas algas, ao juntar-se às sementes de soja geneticamente modificadas, é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano. A descoberta permitirá o desenvolvimento de um gel para ser utilizado antes da relação sexual.
A pesquisa representa um avanço enorme para o enfrentamento da Aids, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, que apresentam altos índices de infecção pelo vírus HIV, como em várias localidades da África.
A essas nações será assegurada a licença de produção e de uso interno, sem a necessidade de pagamento de royalties. A concessão da comunidade científica visa dar uma resposta eficaz e eficiente a um problema gravíssimo que ultrapassa as fronteiras do caráter meramente social, econômico e humanitário. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a cada cinco óbitos na África Subsaariana, um é causado pela Aids.