Imagens das câmeras de segurança do prédio onde Tuane Moreira da Silva Rocha morava mostram a última vez que ela entrou no condomínio, situado na Taquara, Zona Oeste do Rio. Segundo os registros, a modelo, empresária e musa do carnaval, encontrada morta em casa nesta terça-feira, aos 38 anos, passou ela portaria na sexta-feira passada, 12 de março, quatro dias antes de seu corpo ser achado no apartamento.
O circuito interno indica também que nenhuma outra pessoa dirigiu-se ao imóvel desde essa data.De acordo com agentes da 32ª DP (Taquara), que apura o caso, está praticamente descartada a hipótese de a empresária ter sofrido algum tipo de crime violento. A principal linha de investigação, neste momento, é a de morte natural.
Na tarde desta quarta-feira, o Instituto Médico Legal (IML) finalizou o laudo que identificou a causa da morte de Tuane. Segundo os legistas, ela foi vítima de embolia pulmonar fulminante, conforme antecipou a coluna de Ancelmo Gois. De acordo com o documento, a empresária ainda sofreu uma lesão na cabeça, que teria sido causada pela queda no chão após o trauma cardiovascular.
Na manhã desta quarta-feira, o aposentado Álvaro Rocha, de 71 anos, pai de Tuane, esteve no IML para liberar o corpo da filha. Ele disse acreditar que a empresária tinha sofrido um mal súbito.
Eu não acho que ela tenha morrido em decorrência de algum crime
afirmou, muito emocionado.
Segundo familiares, a empresária não era vista desde o último sábado. De acordo com o pai da modelo, durante três dias, a mãe da jovem, a dona de casa Eva Moreira da Silva Rocha, de 66 anos, tentou falar com ela. No entanto, não conseguiu qualquer retorno. Preocupada, dona Eva saiu de casa, na Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte, e de ônibus atravessou a cidade até a residência da modelo. Lá, ainda pela manhã, encontrou Tuane caída perto do banheiro da suíte.
Quando a minha esposa abriu a porta (a mãe tinha uma cópia da chave) e entrou no quarto, ela viu a Tuane. Ela entrou em desespero e chamou os vizinhos. Infelizmente, minha filha já estava sem vida. De repente, ela pode ter passado mal, escorregou, caiu e bateu com a cabeça. O síndico olhou na câmera e não viu nada de anormal: conta Álvaro:
Pelo que vi, foi uma fatalidade. Tinha um ferimento e foi feita a perícia. Mas no quarto a gente encontrou produtos de limpeza, rodo, vassoura e um balde com água. A minha filha estava limpando a casa. Ela tinha pressão alta e tomava remédios controlados. Penso que ela teve um mal súbito.