Governador afastado do RJ afirmou que é perseguido porque deu liberdade para a Polícia Civil investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco.
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, chorou durante interrogatório do Tribunal Especial Misto (TEM), que julga o processo de impeachment, nesta quarta-feira.
Witzel disse que é "cruel" o que ele e a família têm vivido, e que "não deixou magistratura para ser ladrão", e sim pelo" ideal de ajudar" o povo do Rio. Ao se defender, ele disse que não teria como saber detalhes das ações promovidas pelas secretarias.
O governador afastado é alvo de investigação sobre atos de corrupção em contratos públicos da Secretaria Estadual de Saúde, durante a pandemia. O governador afastado disse, mais cedo, ter sido "surpreendido" ao saber das irregularidades, e que nunca houve indícios de desvios cometidos por Santos.
Também nesta quarta-feira, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos prestou depoimento ao TEM protegido por um biombo, a pedido da defesa. Ele acessou o tribunal coberto por um lençol. A transmissão e gravação da audiência foram proibidas por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em depoimento, Edmar afirmou ao próprio Witzel que o alertou sobre a requalificação da Organização Social Unir Saúde, investigada em fraudes. Na palavras dele, o ato seria como um "batom na cueca".