As compras fazem parte de uma série de ações do tribunal para estruturar a área de segurança, com vistas às eleições de 2022.
O Tribunal Superior Eleitoral está se armando para 2022. O órgão comprou 39 mil projéteis de 9 mm da Companhia Brasileira de Cartucho em outubro deste ano. Em agosto, já havia comprado 30 pistolas, com quatro carregadores e uma maleta. As compras fazem parte de uma série de ações do tribunal para estruturar a área de segurança, com vistas às possivelmente turbulentas eleições de 2022.
O TSE também investiu em armamento não-letal. Foram comprados 25 bastões antitumulto e armas de incapacitação neuromuscular com coldre e equipada com seis cartuchos.
Até o momento, o principal cenário desenhado põe o ex-presidente Lula como favorito, bem na frente do presidente Jair Bolsonaro, que encampou ao longo deste semestre uma campanha de deslegitimização da Justiça Eleitoral, jogando suspeitas sobre o resultado do pleito que ele próprio venceu em 2018. Há o receio no tribunal de que Bolsonaro incite novamente seus apoiadores contra a Justiça Eleitoral e isso resulte em investidas contra o prédio do TSE.
O tribunal também regulamentou, em setembro, o exercício do Poder de Polícia Administrativa, também chamada de Polícia Judicial. Cabe a ela a segurança dos órgãos do Poder Judiciário — instalações e áreas adjacentes — e segurança pessoal de magistrados, servidores e familiares.