Vestígios encontrados primeiramente em Canoa Quebrada, na cidade de Aracati, já foram relatados em outros quatro municípios do estado, incluindo a capital Fortaleza. Órgãos investigam origem do material.
Manchas de óleo que apareceram no litoral do Ceará já atingiram ao menos 12 praias até esta quinta-feira (27). Os primeiros vestígios foram identificados na terça (25), na praia de Canoa Quebrada, em Aracati. Dois dias depois, já alcançaram também praias como a do Futuro, a Sabiaguaba e a Abreulândia, em Fortaleza.
Órgãos oficiais investigam o desastre. As 12 praias afetadas até a tarde desta quinta (27) eram:
- Canoa Quebrada, em Aracati;
- Quixaba, em Aracati;
- Cumbe, em Aracati;
- Majorlândia, em Aracati;
- Prainha, em Aquiraz;
- Iguape, em Aquiraz;
- Porto das Dunas, em Aquiraz;
- Canto da Barra, em Fortim;
- Prainha do Canto Verde, em Beberibe;
- Praia do Futuro, em Fortaleza;
- Sabiaguaba, em Fortaleza; e
- Abreulândia, em Fortaleza.
Segundo nota da Marinha publicada na quarta-feira (26), militares da Agência da Capitania dos Portos em Aracati retiraram o material das praias da cidade e amostras serão analisadas no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) fez uma vistoria nesta quinta (27).
As manchas aparecem dois anos após um derramamento de óleo que atingiu mais de 1.000 praias em 2.000 km do litoral do Nordeste brasileiro em 2019. A investigação sobre o caso foi concluída em dezembro de 2021, quando a Polícia Federal atribuiu a culpa do incidente à empresa Delta Tankers, proprietária do navio NM Bouboulina, de bandeira grega.
Além de órgãos do governo federal, estados e municípios também estão envolvidos no caso, com foco na logística de coleta e destinação do óleo. Eles se articulam num Grupo de Articulação Interinstitucional criado na época do incidente de 2019. A prefeitura de Aracati, por exemplo, convidou a população nas redes sociais para mutirões de limpeza.