A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela ordenou esta semana o fechamento de 15 emissoras de rádio que operavam em três estados fronteiriços do país, segundo um relatório do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), atualizado neste sábado (22).
O ditador do país, Nicolás Maduro, participa de evento com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Caracas (Venezuela), em julho de 2022.| Foto: EFE/ Rayner Peña |
“Oito emissoras foram fechadas no estado de Táchira (fronteira com a Colômbia) por ordem da Conatel, sob o argumento de não habilitação”, disse o sindicato por meio de mensagem no Twitter, na qual critica a medida como uma “ação arbitrária”.
Com esses fechamentos, segundo a organização, 70% das emissoras da cidade de Rubio estão impedidas de transmitir e “as garantias de exercício da liberdade de expressão e acesso à informação ficam ainda mais fragilizadas”.
Na sexta-feira (21), o sindicato informou o fechamento de mais seis estações no estado de Zulia, também na fronteira com a Colômbia. Além disso, na última terça-feira (18), segundo o grupo de trabalhadores de imprensa, a Conatel fechou uma emissora de rádio no estado de Sucre, localizado em frente ao mar do Caribe.
Na semana passada, o Colégio Nacional dos Jornalistas (CNP) denunciou o fechamento de 46 emissoras de rádio em sete estados do país, que foram retiradas do ar pelo regulador de telecomunicações nos últimos quatro meses.
O secretário-geral do CNP, Delvalle Canelón, explicou à Agência EFE que esses fechamentos são realizados desde julho passado pela Conatel, que não apenas ordena que as estações saiam do ar, mas também "apreende o equipamento" de transmissão dessas plataformas, uma ação que qualificou como “roubo”.