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segunda-feira, outubro 17, 2022

Wagner indica disputar Prefeitura em 2024 e diz que RC integrará oposição ao PT

Político disse que ex-prefeito de Fortaleza poderá se opor ao PT na Capital, embora em grupo diferente ao dele.

Capitão Wagner (UB) durante visita de Jair Bolsonaro (PL) em Fortaleza.(foto: AURÉLIO ALVES/O POVO)


O deputado federal Capitão Wagner (UB) deixou em aberto a possibilidade de disputar a Prefeitura de Fortaleza nas eleições de 2024. Segundo colocado na disputa pelo Governo do Ceará em 2022, o político ressaltou que o nome será discutido com o grupo de oposição à atual gestão da Capital, após a definição da disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).     



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"Minha decisão passa também pelo resultado da eleição do segundo turno. Saí fortalecido em Fortaleza", destacou o parlamentar. Entre 2020, quando disputou o Paço Municipal, e 2022, quando concorreu ao Palácio da Abolição, o político saiu de 426 mil votos para 602 mil, um aumento de 178 mil sufrágios no primeiro turno. "É um acréscimo substancial", disse. E ressaltou: "O nosso nome fica vivo aqui no município" e "sem dúvida nenhuma é um dos que vai ser colocado".
Durante a manhã desta segunda-feira, 17, o deputado participou de entrevista ao programa O POVO no Rádio, das rádios O POVO CBN e CBN Cariri.

Antes de iniciar o encontro, o político destacou outros nomes fortes do grupo, que podem vir a encabeçar a disputa de 2024. Entre eles está Kamila Cardoso (Avante), que concorreu ao Senado neste ano, o senador Eduardo Girão (Podemos), além de nomes do PL que obtiveram votações expressivas, como o deputado federal eleito André Fernandes, o mais votado para o cargo no Ceará.

Antes de discutir o nome do grupo que disputará, Wagner ressaltou que o foco do momento é a definição da Presidência. Em sua avaliação, uma reeleição de Bolsonaro trará um "equilíbrio de forças políticas no País". Entretanto, se Lula for o vencedor, o PT sairá fortalecido não "só a nível de estado", mas também de maneira "nacional".

Para a eleição do atual chefe Executivo, a quem declarou apoio recente, ele diz que é preciso ir atrás dos eleitores que não votaram nos dois concorrentes, principalmente os que escolheram Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Terceiro e quarto colocados no pleito deste ano, respectivamente, ambos declararam apoio ao petista.

Ao O POVO, o depoutado ressaltou que a estimativa é fazer com que Bolsonaro tenha cerca de 40% dos votos no segundo turno. "Não é fácil, mas é a meta que a gente tem estabelecido", disse. Na votação do último domingo, 2 de outubro, Lula obteve 65,91% dos votos, contra apenas 25,38% do atual chefe do Executivo.

O parlamentar destacou que o número de abstenções deve ser maior no segundo turno e que isso poderia favorecer o presidente. "A tendência é que com isso a gente possa crescer. O eleitor do Bolsonaro é muito apaixonado", acrescentou.

Roberto Cláudio na oposição


Na avaliação de Wagner, o racha entre PT e PDT, que colocou em lados opostos o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) e o governador eleito Elmano de Freitas (PT), pode ainda ter repercussão na disputa de 2024.

O parlamentar disse que o pedetista integrará, ao seu ver, a corrente de oposição ao PT na Capital, não obrigatoriamente no mesmo grupo que ele. Ele ainda destacou que o cenário será "competitivo". "Me parece que o Roberto Cláudio vai vir para o campo da oposição, não necessariamente junto conosco, mas por ter iniciado a trajetória dele fazendo oposição", ressaltou.

Durante a campanha do primeiro turno, RC protagonizou críticas à gestão da ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), assim como à participação de Elmano como secretário da Educação na administração petista.