Para os consumidores residenciais, o aumento será de 4,60%, conforme foi definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O percentual do aumento indicado foi ainda maior do que a proposta enviada pela Enel Distribuição Ceará. A companhia havia solicitado, no começo deste ano, um reajuste de 3,62% para os consumidores residenciais e 10,46% para os rurais, que tiveram a retirada do desconto definida pelo Governo Federal.
Para os clientes de média e alta tensão, como indústrias e grandes comércios, haverá uma redução de, em média, -3,77%, um pouco mais do que havia sido sugerido pela companhia (-3,74%).
A revisão tarifária da Aneel é realizada anualmente, com o objetivo de preservar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão, reconhecendo os investimentos realizados pela companhia no período.
Além disso, a definição da nova tarifa considera a atualização dos custos de geração e transporte da energia (transmissão e distribuição) e encargos setoriais.
Na revisão tarifaria deste ano, as tarifas foram impactadas, entre outros fatores, pelo aumento da compra de energia (+1,84%) e dos custos com transporte de energia (+1,23%), que não são controlados pela companhia. A parcela B, que é o custo da distribuidora, ficou negativo, em média -0,21%.
Entenda a composição da tarifa de energia
As tarifas da Enel Ceará são definidas pela agência reguladora, a Aneel, com base em leis e regulamentos federais e contêm custos como impostos, encargos setoriais e custos de geração e transmissão de energia, entre outros.
Estes valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da tarifa de energia, e repassados às empresas de geração, transmissão e ao Governo Federal.
Do valor pago pelo consumidor, 33,76% é de custo de energia, 28,02% de custo de distribuição, 23,34% de tributos, além de outros 9,49% de encargos setoriais e 5,53% de custo de transmissão.