Autoridade cearense destaca que o grau de periculosidade do criminoso faz com que ele precise permanecer em outro estado
Condenado por chefiar o furto milionário ao Banco Central, há 18 anos, Antônio Jussivan Alves do Santos, o Alemão, teve a permanência em presídio federal mantida, nessa segunda-feira (27), conforme decisão da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Fortaleza. Ele está detido em uma unidade prisional de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná.
A medida atendeu a um pedido de prorrogação da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP), que formulou a solicitação no último dia 5, argumentando que os motivos para que Alemão seja mantido na unidade não cessaram. Na ocasião, as autoridades lembraram que o homem possui grande influência nas unidades prisionais em que esteve custodiado e ocupa posição de liderança em uma facção criminosa do País.
A Pasta destacou que, apesar de o Ceará ter inaugurado, em 2021, uma unidade prisional para acolher presos que representam forte risco à segurança pública, o grau de periculosidade do Alemão faz com que ele precise permanecer em outra região.
O representante do Ministério Público também se manifestou pela manutenção do recluso na penitenciária federal, conforme informações do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Ao proferir a decisão, o juiz Raynes Viana de Vasconcelos, titular da 1ª Vara de Execução Penal, considerou que Alemão foi transferido para o sistema federal após tentar fugir, em agosto de 2017. Ele ainda mencionou que a rede prisional cearense vem enfrentando instabilidades desde 2016, em decorrência do acirramento de disputas entre organizações criminosas atuantes no território cearense.
“Entendo por necessária a permanência de Antônio Jussivan em unidade prisional localizada em outra unidade da federação, isso porque, a permanência no sistema penitenciário federal arrefece sua influência dentro e fora das unidades prisionais do Ceará, em razão do rigor adotado na segurança desses estabelecimentos, inclusive com a gravação das conversas mantidas entre os presos e suas visitas o que dificulta a comunicação entre o apenado e os demais membros de sua organização, impedindo assim, o planejamento de novos crimes e, até mesmo, de nova tentativa de fuga”, ressaltou.