Preso por suspeita de desviar milhões de um hospital e obras sociais na Paraíba, o padre Egídio de Carvalho Neto usou dinheiro público para comprar 29 imóveis em São Paulo e na Paraíba, segundo investigação da Polícia Civil e do Ministério Público.
Segundo o Metrópoles dentre as propriedades adquiridas pelo líder religioso, destacam-se um apartamento avaliado em R$ 2,4 milhões em João Pessoa (PB) e uma chácara de lazer situada em Pernambuco. Ambos os imóveis apresentam decoração rica em arte sacra.
Na chácara do padre, foram encontrados cachorros avaliados em cerca de R$ 15 mil, além de roupas de grife e vinhos de alto valor, incluindo uma garrafa estimada em mais de R$ 2 mil. As investigações apontam que o religioso desembolsava aproximadamente R$ 100 mil por mês.
De acordo com a investigação, Egídio desviava recursos públicos do Hospital Padre Zé e de ações sociais. A igreja tinha um contrato com a prefeitura de João Pessoa e o governo estadual que totalizavam R$ 14 milhões.
Os desvios, iniciados em 2013, totalizam aproximadamente R$ 130 milhões. A delegada da Polícia Civil, Karina Torres, destacou que, enquanto o padre desfrutava de uma vida luxuosa, o hospital sofria com a falta de equipamentos e recursos.
A diretora administrativa do hospital, Janine Dantas, e a supervisora da tesouraria, Amanda Duarte, foram detidas na operação policial. Ambas as mulheres presas negam qualquer irregularidade. O padre Egídio ainda não se manifestou sobre o caso.